Resolvi escrever sobre algo que me faz bem, que me ponha um sorriso no rosto, que me traga boas lembranças e encha minha cabeça de bons pensamentos. Então, vou escrever sobre viagem. Não que viagem seja o único assunto que me deixe bem, obviamente. Mas olho pra fotos de lugares que já conheci – as fotos das minhas viagens ou fotos de outras pessoas – e me bate uma nostalgia tão boa, uma saudade feliz, por ter tido a chance de ter vivido aquela experiência. Então agora quero alimentar um pouquinho sentimentos bons e meus sorrisos. Vem comigo!
Em fevereiro deste ano eu estive na Itália. Conheci as cidades de Roma e Veneza. Foi uma viagem ótima, ótima mesmo, embora eu tenha sentido muita falta da companhia do Jr, já que fui sozinha. Aliás, nós dois juntos na Europa está virando tabu. Foi minha terceira vez no continente (onde ele morou por quatro anos e depois visitou algumas outras vezes). Eu não vejo a hora de estar na Europa com ele. De preferência, no outono ou na primavera.
O motivo da minha viagem foi participar de um evento acadêmico em Veneza, na Università Ca’ Foscari – este é o programa do evento, meu nome está na Sessione I. Eita, até quando eu quero fugir do tema “doutorado” ele permeia o post, já que estou escrevendo sobre uma viagem que só aconteceu por causa do doutorado. Acho que já posso começar a ficar um pouquinho mais grata a ele. ;)
A viagem foi fechada a menos de um mês da data do evento. Por sorte, consegui uma ótima promoção pela companhia aérea Royal Air Maroc e economizei uns mil reais em passagens, comparando o preço com as outras empresas. Sobre a companhia, vale dizer que eu só fui ler sobre ela às vésperas de viajar e fiquei apavorada. Relatos de atraso nos voos, extravios de mala, atendimento ruim, comida ruim (dos males o menor, porque já estou preparada para comida mais ou menos em voo, as outras coisas é que me preocupavam mais). Mas eu tive uma experiência muito boa com essa companhia aérea, então se tivesse que voar com eles de novo eu iria. Vou contar mais sobre os voos com a RAM em outro momento.
Mas só pude ir mesmo porque, além da promoção de passagem aérea, consegui hospedagem grátis em Roma e em Veneza. Em Roma fiquei na casa da Ju, uma amiga querida que mora lá – e também está fazendo doutorado – e em Veneza fiquei na casa da minha coorientadora, que está fazendo pós-doutorado na Ca’ Foscari e era uma das responsáveis pela organização do evento. Assim, economizando onde dava, eu fui. E que bom ter ido. <3
Cheguei a Veneza no domingo após o almoço e voltei no fim da tarde de quarta-feira. O plano era passear na tarde de domingo e no dia de quarta-feira, já que na segunda e na terça eu ficaria na universidade o dia todo participando do evento.
O trajeto Roma–Veneza–Roma eu fiz de trem. Foi uma delícia. Cheguei a Veneza encantada. Com aquela sensação boa de gratidão e alegria por poder estar em um lugar bonito, famoso, que eu não tinha ideia de quando teria a chance de conhecer.
Desci na estação ferroviária Santa Lucia, cruzei a Ponte Degli Scalzi, passando sobre o Canal Grande (ou o Canalazzo, como dizem os venezianos). Fui caminhando e olhando tudo, atenta e feliz. Levei apenas uma mochila com as coisas de que precisaria nos quatro dias lá (roupas, eletrônicos e itens de higiene). Não levei a máquina fotográfica, deixei para fazer fotos apenas com o celular, para não ter mais um peso para carregar nas costas enquanto passeava.
Como gosto de jardins, vi que tinha uma praça verde ali pertinho e fui direto conhecê-la – era o Giardino Papadopoli. As duas fotos anteriores (Canal Grande e Giardino Papadopoli) foram tiradas com 30 minutos de diferença entre elas, mais ou menos, mas não parecem nem ser do mesmo dia, pois na primeira ainda tinha sol e na segunda já estava bem nublado.
Eu tinha no celular um chip com 4G, que a Ju me emprestou, então me permiti me perder pelas ruelas da ilha. Ia andando, conhecendo a cidade, e depois de muito caminhar parava e olhava o mapa no celular, para descobrir em que região eu estava e escolher a direção que tomaria em seguida. Eu estava querendo chegar à Piazza San Marco, o ponto mais famoso de Veneza.
Passeei, passeei e cheguei à Piazza San Marco. Aquele momento “Oh, olha onde vim parar!”. Adoro me maravilhar assim quando viajo. Eu me emociono de verdade quando vejo um lugar emblemático – às vezes até rola uma lagriminha de felicidade. Em Veneza e Roma, procurei conhecer os lugares que foram cenário da série de livros e jogos Assassin’s Creed, pra fazer fotos e mostrar aos meus enteados, fãs do game.
Fotografar os pontos turísticos de Veneza é muito difícil. É preciso se desapegar e aceitar que as fotos ficarão cheias de turistas, não tem jeito (eu certamente também era uma turista atrapalhando a foto de alguém, ehehe).
Cheguei à cidade no primeiro fim de semana de Carnaval (que rola praticamente o mês de fevereiro inteiro), então encontrei vaaaaaaaaaaárias pessoas com fantasias e máscaras incríveis. Aliás, eu queria muito trazer uma máscara veneziana pra mim. Mas estava contendo os gastos ao máximo, e não consegui me decidir entre preços e modelos. Fui adiando, adiando, e no último dia acabei não comprado mesmo. Ainda não sei se me arrependi ou não, ehehe.
Eu queria ter feito mais fotos das fantasias, porque tinha mesmo muita gente fantasiada, mas ou ficava meio sem graça de apontar o celular pras pessoas e fotografar, ou tinha um monte de gente na minha frente já fotografando e eu não conseguia uma foto legal.
Foi escurecendo e eu tinha que encontrar minhas amigas da universidade, que já estavam lá para o evento que começaria no dia seguinte. Antes, comi uma pasta to go deliciosa e baratinha (pros padrões venezianos; acho que foi € 4,50 ou € 5,50, pois a bolonhesa estava em promoção).
Mais cedo, quando cheguei, tinha almoçado uma fatia de pizza, acho que por um euro. Mas era uma fatia grande, tipo um quarto de uma pizza média/grande.
Comecei a caminhar para encontrar as meninas (nós nos comunicávamos pelo celular e elas me enviaram a localização delas). Já estava escuro e eu comecei a ficar com um pouco de medo, andando sozinha com todos os meus pertences por ruelinhas muitas vezes vazias e escuras. Mas cheguei, nos encontramos e depois fomos para Mestre, onde minha coorientadora mora. Estávamos todas hospedadas na casa dela. :)
que fotos lindas! conhecer veneza deve ser um sonho mesmo, dar a sensação que está dentro de algum filme/pintura, lugar lindo demais :)
Exatamente! Na mesma viagem eu conheci Roma (vou escrever sobre a cidade também) e a sensação era de maravilhamento, de “Olha onde eu estou!”. Todo o peso histórico de estar nesses lugares é emocionante. <3
Que oportunidade incrível, conhecer Veneza! Quero muito visitar um dia, amando as suas fotos!
Que legal, Camila! Acompanha, que vai ter mais post e mais fotos. :)
Beijo.
Que fotos lindas!
Quero muito conhecer esses lugares. Beijos
http://versoaleatorio.blogspot.com.br
Obrigada, Aline.
Viajei com você neste lindo relato! Aguardo mais posts sobre a sua viagem.
Sairão em breve. :)
Beijo, Lu.
Veneza é meu sonho desde pequena, e fiquei muito entusiasmada quando vi um post seu sobre esse lugar!
As fotos estão maravilhosas *–* babei nelas!
Com amor,
❤ bruna-morgan.blogspot.com ❤
Que legal, Bruna! Ainda tem mais dois posts de Veneza pra sair, e muitas fotos. ;)
Beijo.