“Mamãe, aconteceu um acidente, só que tu não podes brigar comigo, porque senão eu vou chorar, e tu não gostas de me ver chorando, né?”
Categoria: generalidades
diálogos #89
Num dia desses estávamos lanchando, Nina sempre começa pelas frutas e já tinha comido duas. Perguntei:
– Queres mais fruta, filha?
– Não.
– Queres uma banana?
– Não. Ô, mãe, tu não ouviu o que eu falei?
– Ouvi sim.
– Tu perguntou se eu queria mais fruta e eu disse não, então por que tu perguntou se eu queria banana?
A mãe: 🤡
miudezas do caminho
Colher essas pitangas hoje me fez sentir feliz. Pitangas marcaram nosso inverno e nossa primavera no ano passado, os passeios que fazíamos sozinhos com a Nina perto de casa. Temos o privilégio de morar num lugar com bastante natureza perto, e para tirá-la – e tirar-nos – de dentro de casa (apartamento) um pouco, passamos a fazer essas caminhadas. A pandemia começou quando a Nina tinha acabado de fazer dois anos, e foi bastante simbólico pra gente conseguir caminhar com ela o que achávamos uma distância considerável pra ela percorrer sem colo. Caminhar sempre foi uma coisa muito nossa, muito representativa do que somos. E as pitangas surgiram nesse momento. A Nina amava encontrar e colher pitangas (depois amoras e goiabas também). Amávamos descobrir novos arbustos, novas fontes fornecedoras dessa frutinha tão linda e saborosa. Reencontrar as pitangueiras em flor e, agora, em fruto me deu uma sensação gostosa de ciclo, de recorrência, de presença e de resistência.
onze anos
13 de fevereiro. Todos os anos nós comemoramos essa data. Foi nesse dia, em 2010 – também era sábado de Carnaval! – que nós nos conhecemos, e desde então praticamente não nos desgrudamos mais. Onze anos juntos. E a certeza de querer passar juntos os anos todos ainda por vir. Te amo, Zúnio!
aos poucos, retomando…
Estou retomando interesses antigos, como a leitura (li bastante sobre criação e parentalidade nestes últimos três anos, já tá bom, haha). Outros interesses são trilhas, hiking, viagem, esportes e aventuras na natureza.
Estou com uns textos ainda por terminar cuja temática é a criação de filhos, mas doida pra concluí-los e mergulhar de novo e com intensidade nas leituras de ficção, grandes reportagens, biografias, relatos de aventura e de viagem…
A Nina está prestes a completar três anos, e eu vejo com beleza o fechamento desse ciclo de fusão com ela, de estar (fisiologicamente) tão voltada e dedicada a ela. Vejo ela se abrir pro mundo e pra novos relacionamentos, e meu coração se enche de alegria, gratidão — e reconhecimento de privilégios que permitiram que as coisas tenham sido assim, da forma como eu gostaria que tivessem sido.
buscando natureza
Hoje saímos para o nosso roteiro de caminhada (as redondezas de casa). Desta vez levamos a bicicleta da Nina, que ela ganhou faz poucos dias. Já está andando superbem, com domínio e equilíbrio, sempre cuidadosa e cautelosa. Ela quis ir até a “árvore do algodãozinho”, aonde ela tinha ido com o pai dela. Em frente à árvore, no outro lado da rua, fizemos esta foto. Depois a chuva se anunciou. Eu tinha levado capa de chuva pra nós duas, o que foi ótimo, pois por algum momento caíram gotas bem grossas. Lidamos bem com a chuva, nós até a curtimos. Desejo que ela não tenha medo da chuva e não deixe de aproveitar um dia de contato com a natureza porque o tempo “não está perfeito”. O nosso passeio foi ótimo! Voltamos as duas muito felizes.
31 meses
Diálogos #75
Nina estava me contando histórias. A da vez era a “da Nina no carro sozinha”. Perguntei:
– Quem dirigia o carro?
– A Nina.
– Mas criança pode dirigir carro?
– Não, eu já era adulta.
– Ah, tá. Quando fores adulta vais poder dirigir e andar de carro sozinha, né, filha.
– É. Quando eu for adulta eu vou dirigir o carro, e tu vai ser criança e sentar na cadeirinha.
voltando?
Sinto falta de publicar no blog. De ter aqui os registros que ficam espalhados em outras redes. No fim, as redes se substituem umas às outras e o registros ficam fragmentados. Aqui eu poderia concentrar as coisas. Já pensei em trazer o material do instagram pra cá, mas acho que não conseguirei, nem mesmo agora, com o confinamento por causa do coronavírus.
A Nina já tem dois anos, concluí e defendi a tese, ainda não voltei a correr nem a pedalar, continuo cuidando da Nina em tempo integral, meus enteados meninos são agora um adulto e um adolescente, eu tenho passado tempo demais no celular, navego muito e leio efetivamente pouco. E ler tanto conteúdo diversificado e “picado” não tem feito bem pra cabeça.
~
O último post que eu efetivamente escrevi e publiquei aqui foi o de 13 de março de 2019. O que aparecer entre esses dois terá sido trazido do instagram pra cá.
Olhando meu feed no Instagram, é tão difícil encontrar uma foto minha sozinha. Porque fotos só de mim mal têm sido feitas. Ele não virou um perfil sobre a minha filha, embora pareça. Mas é fato que ela ainda toma uma proporção do meu tempo, da minha vida, hoje, que deixa pouco só pra mim (não é uma reclamação, trata-se de uma escolha). E enquanto eu pego o celular e registro os momentos dela (que cresce mais rápido do que eu gostaria) e de quem estiver ao meu redor, não tem quem pegue o celular e registre momentos meus. Rotina, cotidiano, memórias do dia a dia. Preciso lembrar disso e fazer mais fotos minhas e pedir que mais fotos minhas sejam feitas por quem está perto, também. Não é só no desenvolvimento da Nina que percebo que o tempo voa. Eu também daqui a alguns anos quero poder olhar pra lembranças de mim mesma, vivendo uma fase da vida tão peculiar e intensa, tão cheia de vida. <3
Victor, 17 anos
Esse menino lindo, tão amado e especial, completa 17 anos hoje, oito dos quais eu tive a imensa alegria de acompanhar. Tu és um rapaz incrível, Vi! São tantas as tuas qualidades, que eu excederia o número de caracteres da publicação se eu começasse a enumerá-las. És uma pessoa admirável, de quem a gente tem muito, muito orgulho.
Te amo demais!